quinta-feira, 30 de abril de 2009

Convites


MULHERES, CIDADANIA E PARIDADE











No dia 29 de Abril, pelas 10h30, teve lugar uma palestra organizada pelo projecto Sexualidade e Afectos que convidou para o efeito a Doutora Manuela Tavares, especialista em estudos sobre as mulheres e membro da UMAR- União de Mulheres Alternativa e Resposta. Participaram os alunos das turmas A e B do 12º ano.

A oradora começou por apresentar um diapositivo que remetia para Mulheres no mundo- trajectos emancipatórios. Destacou várias figuras femininas, como é o caso de Simone de Beauvoir autora de "O segundo sexo" e orientou o debate para a transformação do estatuto das mulheres no século XX: o século das mulheres.
Recordou-se que em Portugal diversas eram as funções vedadas/ de difícil acesso às mulheres, como é o caso da vida militar e da magistratura. Uma mulher só podia ter uma actividade comercial, se o marido autorizasse.
Apesar das profundas alterações que entretanto tiveram lugar, a divisão sexual do trabalho continua no presente, assim como desigualdades que os números espelham:


  • Dos 900 milhões de analfabetos que existem no mundo, 2/3 são mulheres;

  • 40% das mulheres não tem acesso aos direitos sexuais e reprodutivos, o que acentua o risco da infecção VIH/SIDA ao sexo feminino;

  • 2/3 das horas de trabalho no mundo são realizadas por mulheres, muito embora elas ganhem apenas 1/3 dos salários auferidos;

  • 70% das pessoas que vivem em situação de miséria extrema, são mulheres!

Foi discutido o conceito de mulher ideal e o conceito de feminismo. Foi consensual que o ideal é viver em equilíbrio, embora social e tradicionalmente a mulher tenha sido amarrada ao seu destino biológico. Neste contexto, a pílula deu origem a enormes transformações na vida da mulher e a uma ruptura de mentalidades no séc. anterior.

Na prática diária há contudo muitas diferenças de género. As mulheres despendem 18% do seu tempo com tarefas domésticas, contra 2,5% despendidos pelos homens. O acesso ao emprego continua a ser mais difícil para as mulheres que para os homens.

A professora Manuela Tavares salientou 5 situações actuais de discriminação:

  • a violência sobre mulheres;

  • a discriminação no mercado de trabalho;

  • a persistência de valores tradicionais na família (ao nível das tarefas domésticas e do cuidar de crianças e idosos);

  • a dificuldade do acesso das mulheres ao poder político;

  • a feminização da pobreza.

Por fim, os alunos optaram por aprofundar o debate e manifestaram as suas opiniões, tendo o Jorge Isaías destacado que é necessário ter consciência da discriminação e que é fundamental viver em equilíbrio no que respeita aos dois sexos. A palestrante elogiou-o, tendo-lhe dito:

- Você é um feminista! Dou-lhe os meus parabéns!

Mais informações, em:

http://www.umarfeminismos.org/


Podes ainda assinar a petição "Eu não sou cúmplice", relativa à violência sobre as mulheres.





Concorda com a alteração da idade mínima para o consumo de álcool?

60% dos participantes (15 pessoas) concordaram com esta proposta.
40% dos participantes (10 pessoas) discordaram desta proposta.

A Proposta é do IDT (Instituto da Droga e da Toxicodependência) que propõe os 18 anos como idade mínima para o consumo de bebidas alcoólicas.

E tu, qual a tua opinião?
Para além da lei, o que é importante para prevenir o excesso e o hábito de consumo de álcool entre os jovens?

SESSÃO VIH/SIDA entre pares






No dia 17 de Abril, os alunos Ana Rita Santos, André Moita, Daniel Milhano, Inês Legrantt, Joana Barata e José Dias da turma B do 9º ano apresentaram trabalhos que realizaram no âmbito da disciplina de Ciências Naturais à turma A do 6º ano. O tema foi a Infecção VIH/SIDA, aspectos históricos e comportamentos de risco.


É de salientar a importância da interacção entre os alunos do 2º e 3º Ciclos. Os alunos do 2º ciclo vêem nos seus colegas verdadeiras referências e estabelece-se uma partilha de saberes.
No final, foi claramente visível o contentamento dos alunos que fizeram a apresentação, mas também daqueles a quem esta foi dirigida, patente nas suas palavras:


Alunos do 9º ano: “Foi muito bom partilhar o nosso trabalho com os alunos mais novos”; “Foi uma experiência engraçada e sentiu-se que estavam atentos”.
Alunos do 6º ano: “Gostámos muito do trabalho dos nossos colegas, eles sabiam tudo.”; “As apresentações estavam muito bem feitas”; “Os inquéritos e os panfletos estavam muito giros e gostámos de preenchê-los.”

Enviado pela professora Fátima Franco

terça-feira, 28 de abril de 2009

GRIPE SUÍNA


A gripe suína

É uma doença respiratória aguda dos porcos, altamente contagiosa, causada por um dos vários vírus de influenza tipo A que circulam entre estes animais.

Apesar de os vírus de influenza suína serem normalmente específicos para a espécie, infectando apenas suínos, por vezes passam a barreira da espécie causando doença em humanos.

Têm sido ocasionalmente referenciados surtos e infecções humanas esporádicas com influenza suína.


Implicações na saúde humana

Os sintomas são semelhantes aos da gripe humana normal: dores musculares, febre, tosse, cansaço, embora esta estirpe provoque mais frequentemente náuseas, vómitos e diarreia. Pode haver infecções assintomáticas até pneumonias severas que podem causar a morte.
A infecção de pessoas


A influenza de origem suína nunca revelou a possibilidade de ser transmitida a humanos através do consumo de alimentos que tenham sido adequadamente manipulados e preparados, como a carne de porco e outros derivados do mesmo.
O vírus de influenza de origem suína morre a temperaturas de 70.º C, o que corresponde às linhas de orientação normal para a preparação de porco e outras carnes.

Este vírus é transmitido por partículas da saliva de uma pessoa infectada, sobretudo através da respiração e da fala (daí a recomendação de usar máscaras). Os cuidados preventivos têm a ver com atitudes do dia a dia: lavar as mãos frequentemente, espirrar ou tossir para o ângulo interno do cotovelo ou para um lenço de papel.

O risco de uma pandemia

Se um vírus de origem suína estabelece uma transmissão eficiente de pessoa a pessoa, pode causar uma pandemia de influenza.

O vírus da gripe suína, como o de qualquer gripe, está em constante mutação. Estamos perante nova estirpe, nunca vista anteriormente, do vírus da gripe H1N1. Tem ADN de aves, suínos e humanos.
Dados em 28 de Abril às 22horas


  • Pelo menos 149 pessoas morreram no México onde todas as escolas foram encerradas

  • 40 casos de gripe suína confirmados nos EUA.

  • Espanha foi o primeiro país da Europa a confirmar um caso de gripe suína – homem infectado depois de uma viagem ao México na semana passada.

  • Seis casos de infecção no Canadá

  • Um professor na Nova Zelândia e uma dúzia de alunos que estiveram no México estão a ser tratados devido a sintomas leves de gripe

  • Ministro escocês da Saúde confirmou a existência de 2 casos no país.

  • Casos suspeitos na Noruega, França, Alemanha, Suécia e Israel

OMS utiliza escala de seis pontos de alerta

Trata-se de um sistema de informação sobre a gravidade de uma ameaça e da necessidade de se lançar progressivamente medidas de combate à doença.

A OMS alterou para 4 o nível de alerta, o que significa :
"Transmissão entre humanos de um vírus influenza animal ou humano-animal capaz de causar um surto ao nível da comunidade. "

(fonte: rtp.pt)

CONSULTE: http://www.gripenet.pt/

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O café faz mal à saúde? Verdade ou mito?











Hoje, dia 3 de Abril, a TSF transmitiu uma entrevista com o Professor Doutor António Vaz Carneiro, professor da Faculdade de Medicina de Lisboa e investigador do Centro de Estudos da Medicina Baseada na Evidência.
Neste centro há produção de conhecimento e corresponde-se a pedidos vários, da indústria farmacêutica, do governo, de hospitais…



A Associação Industrial e Comercial do Café encomendou um estudo sobre os efeitos do café na saúde, tomando como ponto de partida a má fama deste produto também com profissionais de saúde.

O estudo foi desenvolvido num vasto número de pessoas. Investigou-se o perfil de segurança e risco do consumo do café e 3 doenças: Diabetes mellitus tipo II, Alzheimer e Parkinson.

Foi aplicado um inquérito alimentar relativo aos alimentos ingeridos nos últimos 15/20 anos. Houve o cuidado de manipular os factores, para que as diferenças entre os indivíduos estudados incidisse apenas num: a quantidade diária de café ingerida (variável em estudo), variando entre nenhuma, reduzida ou elevada.
O estudo demonstrou, sem margem para dúvidas, uma relação inversa entre a tomada do café e a Diabetes tipo II.
Por outras palavras: o café reduz o risco de contrair a Diabetes tipo II, ou seja tem um efeito positivo. No entanto, esta doença é multifactorial . De qualquer modo deve sublinhar-se que epidemiologicamente o café não faz mal e faz potencialmente bem.
"O que os estudos provaram foi que num perfil de análise de benefício/risco destas doenças, o café tem mais benefícios que risco", referiu o investigador.

A dependência da cafeína é benigna e os estudos apontam para 5 a 6 doses de chávenas normalizadas de café para o pico do benefício resultante da sua ingestão.

E não haverá excepções?
Pode ser-se, individualmente, mais ou menos sensível em relação ao café. Tem a ver com características individuais e a reacção a diferentes componentes desta bebida, para além da cafeína. Quem é hipertenso, deve ser cuidadoso com a ingestão desta bebida e verificar se a tensão arterial sobe ou não após a sua ingestão. O mesmo se passa com os que sofrem de insónias.


No mesmo programa foi feita referência a estudos realizados em Madrid que evidenciaram que a ingestão diária de 3 cafés reduz em 20% o risco de AVC e em cerca de 25% o risco de enfarte do miocárdio. Neste estudo foram acompanhadas 80000 mulheres durante 20 anos. O descafeinado tem também o mesmo efeito.
Estes efeitos derivam do conteúdo do café em substâncias anti-oxidantes, as quais melhoram as funções dos vasos sanguíneos.

O café faz mal à saúde? NÃO! É um falso mito!


O consumo de café ajuda a reduzir o risco de Diabetes Tipo II, melhora a função mental dos adultos, nomeadamente o seu consumo regular pode ajudar a prevenir a doença de Alzheimer, e recomenda-se o consumo de café no âmbito de uma alimentação equilibrada.

Surpreendido?
O Prof. António Vaz Carneiro confessou que os resultados causaram surpresa mesmo entre os investigadores.

O conhecimento científico tem por vezes este efeito pois não se conforma com o preconceito e procura a verdade objectiva.