Há muito que se sabia que os indivíduos portadores da mutação génica responsável pela anemia falciforme estavam mais protegidos relativamente à malária.
A observação microscópica de sangue de um indivíduo portador da anemia falciforme evidencia glóbulos vermelhos em forma de foice, donde o nome da doença. Ora esta mutação torna as pessoas resistentes à malária cerebral.
O investigador Miguel Soares, do Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras, percebeu o mecanismo responsável por esta protecção e publicou o seu estudo na revista Cell, no passado dia 29 de Abril.
Em ratinhos com uma mutação idêntica à anemia falciforme, ocorre a produção de uma enzima hemeoxigenase ao longo do tempo e se eles forem infectados pelo parasita da malária não desenvolvem a forma cerebral da doença, a mais terrível.
Aquela enzima degrada o grupo heme (com ferro) da hemoglobina dos glóbulos vermelhos quando ela sai destas células, o que acontece nas pessoas com malária, evitando que desenvolvam malária cerebral.
Da investigação pode nascer uma ideia para desenvolver uma terapia que "impeça o grupo heme de sair da hemoglobina".
Mais uma evidência da BOA FORMA da investigação científica em Portugal!
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