sexta-feira, 3 de abril de 2009

O café faz mal à saúde? Verdade ou mito?











Hoje, dia 3 de Abril, a TSF transmitiu uma entrevista com o Professor Doutor António Vaz Carneiro, professor da Faculdade de Medicina de Lisboa e investigador do Centro de Estudos da Medicina Baseada na Evidência.
Neste centro há produção de conhecimento e corresponde-se a pedidos vários, da indústria farmacêutica, do governo, de hospitais…



A Associação Industrial e Comercial do Café encomendou um estudo sobre os efeitos do café na saúde, tomando como ponto de partida a má fama deste produto também com profissionais de saúde.

O estudo foi desenvolvido num vasto número de pessoas. Investigou-se o perfil de segurança e risco do consumo do café e 3 doenças: Diabetes mellitus tipo II, Alzheimer e Parkinson.

Foi aplicado um inquérito alimentar relativo aos alimentos ingeridos nos últimos 15/20 anos. Houve o cuidado de manipular os factores, para que as diferenças entre os indivíduos estudados incidisse apenas num: a quantidade diária de café ingerida (variável em estudo), variando entre nenhuma, reduzida ou elevada.
O estudo demonstrou, sem margem para dúvidas, uma relação inversa entre a tomada do café e a Diabetes tipo II.
Por outras palavras: o café reduz o risco de contrair a Diabetes tipo II, ou seja tem um efeito positivo. No entanto, esta doença é multifactorial . De qualquer modo deve sublinhar-se que epidemiologicamente o café não faz mal e faz potencialmente bem.
"O que os estudos provaram foi que num perfil de análise de benefício/risco destas doenças, o café tem mais benefícios que risco", referiu o investigador.

A dependência da cafeína é benigna e os estudos apontam para 5 a 6 doses de chávenas normalizadas de café para o pico do benefício resultante da sua ingestão.

E não haverá excepções?
Pode ser-se, individualmente, mais ou menos sensível em relação ao café. Tem a ver com características individuais e a reacção a diferentes componentes desta bebida, para além da cafeína. Quem é hipertenso, deve ser cuidadoso com a ingestão desta bebida e verificar se a tensão arterial sobe ou não após a sua ingestão. O mesmo se passa com os que sofrem de insónias.


No mesmo programa foi feita referência a estudos realizados em Madrid que evidenciaram que a ingestão diária de 3 cafés reduz em 20% o risco de AVC e em cerca de 25% o risco de enfarte do miocárdio. Neste estudo foram acompanhadas 80000 mulheres durante 20 anos. O descafeinado tem também o mesmo efeito.
Estes efeitos derivam do conteúdo do café em substâncias anti-oxidantes, as quais melhoram as funções dos vasos sanguíneos.

O café faz mal à saúde? NÃO! É um falso mito!


O consumo de café ajuda a reduzir o risco de Diabetes Tipo II, melhora a função mental dos adultos, nomeadamente o seu consumo regular pode ajudar a prevenir a doença de Alzheimer, e recomenda-se o consumo de café no âmbito de uma alimentação equilibrada.

Surpreendido?
O Prof. António Vaz Carneiro confessou que os resultados causaram surpresa mesmo entre os investigadores.

O conhecimento científico tem por vezes este efeito pois não se conforma com o preconceito e procura a verdade objectiva.

5 comentários:

Silvares disse...

Oxalá o estudo seja fiável. Digo eu, um autêntico "cafeinómano".
Boas férias.

Anónimo disse...

acho que estas ideias sao mt fixes continuem assim... :-)

Helena Pinto 9ºA

Anónimo disse...

ficamos a saber se o cafe é ou nao prejudicial a saude...

mas eu penso que sim ..pois é considerado um droga...


:-)

Emiltina disse...

O post contém uma síntese dos resultados obtidos na pesquisa científica efectuada acerca da relação café/saúde.
No entanto, o senso comum associa esta bebida a prejuízos na saúde.
Bebido com moderação, o café não causa problemas em pessoas saudáveis e pode inclusivamente contribuir positivamente na prevenção de algumas doenças.

Quanto a considerar o café uma droga, será pela dependência que pode acusar? Ou pela acção estimulante? O que vos parece?

Moderação será talvez, como em muitas outras áreas da vida, a palavra chave.

Prof Emiltina Matos disse...

Deve ler-se: ..." será pela dependência que pode causar?"
( e não "acusar")